dezembro 16, 2009

Vida

A bolha estourou, o relógio agora corre contra mim, contra meus instintos. Meus olhos já não podem mais se abrir sabendo que sua imagem se diluirá em luz, e que isso pode fugir deles.
O que custa fazer todos entenderem que sem você, eu não tenho como respirar? O que custa deixar minha alma ir de encontro à sua? Você pediu para que eu não morresse antes de você; trato cumprido amor. Você não pediu para que eu lutasse contra dor, nem que eu a vivesse, muito menos que eu convivesse com o vazio que sou sem você.
Sua foto próxima da minha cama não ajuda, o seu cheiro no lençol não coopera, e as suas roupas no chão não me tornam imune à falta da sua alma na minha.
O amor ainda está aqui querido, e eu ainda sou sua, independente da dor que isso me cause. E em breve, vamos estar juntos de novo, porque eu sinto seus lábios nos meus, e eu sinto minha alma se unir à sua vagarosamente. Eu consigo ver a luz agora, e eu consigo distinguir a sua silhueta borrada dos outros vultos, eu sinto sua pele, seus dedos gelados percorrendo meus braços, é, eu posso sentir seus lábios comprimidos nos meus.
Somos um só novamente, meu amor.
- J. Silva

Mentira

Felicidade é um estado imaginário e passageiro. Sempre que tudo parece bem e feliz, sempre acontece algo difícil, triste. Nunca ninguém é feliz pra sempre, finais felizes não existem; nunca acontecem finais felizes para pessoas reais e normais.
Felicidade é imaginação. É a desculpa que Deus dá para manter seus pinos de vontade própria rodando no tabuleiro, atrás de algo que não existe, algo que nem o próprio Deus conhece.
Porque nunca nada é como nós queremos e não nos contentamos com o que nos é provido, porque estamos atrás sempre da maldita felicidade. E suportamos todo tipo de alucinações, angustias e infelicidades por acreditar que a felicidade realmente existe, e que depois de uma tempestade sempre virá o sol. Mentira...
Desgraças acontecem sequencialmente, tempestades se repetem incontáveis vezes num mesmo terreno. E ninguém se revolta, porque no final a felicidade virá...
As pessoas lidam melhor do que deveriam com a mentira.

dezembro 02, 2009

Cofidências

Hoje acordei com o seu rosto nos meus olhos. Mais uma vez, a sua doce presença habitou meus sonhos. Oh, como tenho sentido sua falta ultimamente.
Me obrigaram a descrever-te, e o rombo em minha alma cresceu consideravelmente, creio que pelo fato de não ter conseguido relatar exatamente o brilho doce dos seus olhos, nem a textura certa dos seus lábios.Talvez isso não importe pra ninguém, mas me fez ver como estamos distantes.
Eu sei que ainda te amo, e sei que ainda preciso do teu toque para respirar.
Eu prometi me manter sua, só sua e de mais ninguém enquanto essa chama torturasse minha alma com o mais forte amor. Oh, não permita que a chama se extingua, não permita que meus beijos sejam jogados ao léu.
Mantenha-me aquecida com a sua paixão, porque é disso que eu dependo.
- J. Silva.

novembro 01, 2009

Vida

A bolha estourou, o relógio agora corre contra mim, contra os meus instintos. Meus olhos já não podem mais se abrir sabendo que sua imagem se diluirá em luz, e que isso pode fugir deles.
O que custa fazertodos entenderem que sem você, eu não tenho como respirar? O que custa deixar minha alma ir de encontro à sua?
Você pediu para que eu não morresse antes de você. Trato cumprido amor. Você não pediu para que eu lutasse contra a dor, nem que eu vivesse, muito menos que eu convivesse com o vazio que sou sem você.
Sua foto próxima da minha cama não ajuda, o seu cheiro na roupa de cama não coopera, e as suas roupas no chão não me tornam imune à falta da sua alma na minha.
O amor ainda está aqui querido, e eu ainda sou sua, independente da dor que isso me cause. E em breve, vamos estar juntos denovo, porque eu sinto seus lábios nos meus, e eu sinto minha alma se unir à sua vagarosamente. Eu consigo ver a luz agora, e eu consigo destinguir a sua silhueta borrada dos outros vultos. É, eu consigo sentir agora, eu sinto sua pele, seus dedos gelados percorrendo meus braços, eu sinto seus lábios comprimidos nos meus. Somos só um novamente, meu bem.
- j. silva

Fim

Chega um ponto, que não vale mais a pena viver. Quando os sonhos desaparecem, quando a dor mental ultrapassa a dor física,e quando o equilíbrio psicológico some do nada.
Porque apagaram-se todas as luzes, apagaram-se todas as luzes. É, trancaram todas as portas.
Nesse ponto já não vale mais a pena lutar, tentar quebrar as paredes e as correntes.
Como a morte fede! Como ela queima minhas narinas, como esse cheiro empreguina minhas entranhas e cada centímetro do meu pulmão. Como a morte é escura. Por que não consigo ver sua face? Oh! Está tão escuro...
Como essa dor é torturante, como esse cheiro amargo queima. Já não faz mais sentido... Eu já não tenho mais forças. Oh, onde estão meus membros?
Com um ultimo e sultil suspiro, o ar se extinguiu de meus lábios. A morte é tranquila; oh, sim. Que cheiro incrível.
- j. silva

setembro 14, 2009

Hoje

Eu achei que ia surtar quando isso acontecesse. Eu achei que sentiria meu mundo despencando, que sentiria o ar faltar, e que minha cabeça explodiria com tanta pressão. Eu achei que doeria menos... Pior do que sentir tudo isso, é simplismente não sentir nada, além de apátia. É só não conseguir dizer o que dói mais, e não ser capaz de enchergar nada alem do próprio mundo, caindo, e sentir a voz presa, encurralada, esmagada. Me sinto sozinha, e sem ninguem que eu possa contar agora, alem de mim mesma. Eu me sinto tão sozinha, mais do que já estava.
Me sinto febril, dolorida, perdida e incapaz de nada. E agora, depois de mais de 15 minutos, eu realmente tenho vontade de chorar.
Por que não conseguimos manter nossas relações? Por que tudo tem que se distorcer tanto com o passar do tempo? E por que as pessoas não se mantem tão importantes?
Por que precisa doer, mas doer em silencio? Eu realmente prefiro aquela dor que arrebenta, pelo menos você sabe que ela tá ali, e se acostuma com ela.
Por que não pode doer, e simplismente me deixar sentir dor? Me sinto tão insensivel, mas eu sinto meu peito se quebrar a cada segundo que passa. Por que não posso sentir isso? Por que não posso sentir tudo o que amo se esvaindo?
Ah, por que tudo tem que ser tão assim?!

setembro 01, 2009

Tutor,

Nesse mar de insegurança, eu tropeço na esperança de te rever. As ondas quebram em espuma branca, lavando minha alma com paciência, elas me chamam de volta para o que um dia eu chamei de lar.
Há um espectro atras de mim, ele me guarda, me vigia, me traz paz e acolhe minha mente, ele me diz que tudo vai ficar bem, e eu quero acreditar, eu preciso acreditar para ter de volta um motivo de viver.
E as ondas continuam a quebrar, e eu odeio o som que elas reproduzem, odeio o que elas me fazem lembrar.
Eu já não sei se sou forte o suficiente para fazer com que isso vá embora, mas o espectro garante que tudo irá silenciar, que independente de como, eu ficarei bem.
Eu vou seguir seus conselhos.

agosto 31, 2009

Amado,

Essa noite podemos ser só um novamente, podemos ser só nós mesmos sem máscaras, sem medos. Essa noite podemos dançar ao ar livre, podemos correr, e andar de pés descalços.
E se fecharmos os olhos, acreditaremos que essa noite pode durar pra sempre. Porque as vezes a ilusão é nosso maior remédio.
Quanto tempo conseguimos viver nela? Quanto tempo conseguimos viver sem ela? Se é tão mais fácil fechar os olhos, e imaginar que essa noite durará pra sempre. Que nossos medos estão trancafiados dentro de fundos calabouços.
- Poderia falar mais alto querida? Não te ouço.
É, só a sua voz me acalma, e só pela sua voz eu me tranco na ilusão de que essa noite dure pra sempre. É de você que eu preciso, e é por você que eu vivo.
Porque todos os meus beijos são seus.
J. Silva

agosto 29, 2009

Auto Retrato

Minha pele está pálida, gélida, morta. A essência e o brilho dos meus olhos se fundiram com sua coloração escura. Meus lábios, antes grossos e vermelhos, hoje são apenas traços mau definidos do que antes era um sorriso, são só tinta branca no espelho.
A respiração flui por instinto, porque a vontade de deixar o ar habitar minhas entranhas foi consumida junto às suas memórias.
Hoje, o que vejo diante de mim, é só uma caricatura do que fui. Só um desenho apagado do que é viver.
Talvez ninguem note, mas o sangue só flui em minhas veias por teimosia, e o chão spo continua rente ao meus pés, por pura gravidade.
O que resta aqui, é um corpo sem vida, um reflexo da crueldade do mundo. Minha alma quebrou-se em pedaços e levantou vôo em direção ao desonhecido.
Eu fui para nunca mais voltar.
J. Silva;

agosto 23, 2009

raiva :x

Eu odeio isso, odeio muito isso. Não me parece justo de modo algum que Deus permita isso! Eu estava feliz, eu estava bem, eu estava vivendo os meus melhores dias, e simplismente me vi longe. Por quê? Por que comigo? Qual o problema em me ver feliz? E por que permitir uma dor tão grande à alguem que não fez nada de muito mal pra ninguem?
Eu sinto falta, eu realmente sinto falta. Dos beijos, dos abraços, dos sorrisos. Porque eu simplismente não imaginei que chegaria ao ponto de não sorrir mais. De não sorrir só porque as coisas não parece mais tão engraçadas. Eu não imaginei que as lágrimas viriam tão rápido, mesmo eu tentando faze-las voltas pros canais lacrimais. Eu não imaginei que meu mundo fosse se tornar algo tão cinza.
Eu jamais imaginei, que fosse tão fácil querer morrer, eu não imaginei em momento algum, que seria tão dificil. Mas eu devia... eu devia ter evitado, ter me esquivado. Eu devia ter sido forte o bastante pra não ceder. E onde eu cheguei sendo tão tola? Eu cheguei no fim do poço, sem ver nem uma pontada de luz, com o meu peito doendo agoniantemente, com meus dedos se entrelaçando em busca dos dele. Eu não queria sofrer... Por que tem que ser assim?

agosto 22, 2009

Abismo particular;

O céu está caindo, o chão sumiu dos meus pés, eu me destronco, me perco nos meus próprios soluços, eu me reviro nos meus próprios olhos em busca da sua lembrança. Eu posso sentir meu peito se arrebentar em dor, eu consigo sentir os buracos da sua ausência atingindo meu coração, eu o sinto em carne viva.
Eu escuto uma música marcando os metros que passam acima de mim. Mas eu sei que são apenas os meus gritos me servindo como trilha sonora. Porque eu sei que nada que me faça bem surgirá agora.
A sensação é de estar enterrada até a nuca, é possivel sentir meus membros formigando, sem compaixão do incomodo que causam. Eu sei - não sei como - que a pressão está aumentando, que meus pulmões estão se comprimindo a cada centimetro de queda um pouco mais. O ar já não circula com tanta facilidade, mas eu continuo respirando.
Minha alma está estupefada, eu sei que ela está se contorcendo de dor, mas é tarde demais para desistir, já não há mais em que me segurar. Mas eu vou seguir, eu vou manter meus olhos abertos, mesmo que eu só veja a imensidão cair sobre mim. E eu vou manter meus dedos vazios, esperando que a morte recaia no meu corpo.
J. Silva;