maio 23, 2012

Tartarugas.

    Liberdade, acima de tudo. Nascem independentes e já correm na direção do mar - tão feroz, com seus dentes de ondas enormes e monstros que tiram qualquer um do sério. E, mesmo assim, elas correm sem medo. Talvez porque tenham certeza de que há algo maravilhoso lhes esperando ou porque não tenham medo dos monstros, não até eles se tornarem real. Afinal de contas, idealizar e alucinar coisas as torna muito piores do que a realidade.
    E quando não se tem medo do mundo, ele se torna quase indefeso. No fim, o comando de tudo é nosso.
    E tartarugas parecem saber disso. Porque correm, livres e bem dispostas, acreditando e esperando algo melhor do que uma porção de areia que as sufoca a cada segundo no seu relógio digital. 
    Nessas horas, queria ser uma tartaruga, fechar os olhos e correr. Correr sem medo, de braços abertos, acreditando em algo melhor e em dias melhores. E em sonhos melhores. E em pessoas melhores. Só acreditando. 
    E nadando. 

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