Imagino
que esteja magoado comigo por eu ter dito que lhe odeio. E imagino também que
saiba que não é verdade. Sei que em algum lugar aí dentro você tem certeza de
que o único sentimento que sou capaz de nutrir por você é amor – aquele amor
que vai no fundo da alma e faz a insegurança ir embora; o tipo de amor que
vence todos os medos e te torna parte de mim, uma parte enorme de mim.
A
questão é que odeio a forma como me deixa vulnerável, a forma como, ao me dar
mais seguranla, me torna insegura. Odeio a forma que meu coração salta, quase
como se desejasse sair pela boca, sempre que ouço seu nome.
Ah...
Eu odeio como você faz eu me sentir especial, como me dá asas pra ir alto, ir
além do que eu mesma imagino. Odeio sentir ciúmes de você. Odeio qualquer uma
que possa estar contigo, quando eu não puder.
No
fundo, sei que todo esse “eu odeio” não é nada além de um “eu te amo’ sufocado,
desesperado, engolido às pressas. E por esse meu medo e pela minha falta de
palavras perto de você, eu sinceramente peço desculpas.
E peço
também que não se esqueça que, independente do que gritem minhas palavras, o
sentimento não muda: Eu amo você.
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