julho 19, 2012

Carta Aberta


                Imagino que esteja magoado comigo por eu ter dito que lhe odeio. E imagino também que saiba que não é verdade. Sei que em algum lugar aí dentro você tem certeza de que o único sentimento que sou capaz de nutrir por você é amor – aquele amor que vai no fundo da alma e faz a insegurança ir embora; o tipo de amor que vence todos os medos e te torna parte de mim, uma parte enorme de mim.
                A questão é que odeio a forma como me deixa vulnerável, a forma como, ao me dar mais seguranla, me torna insegura. Odeio a forma que meu coração salta, quase como se desejasse sair pela boca, sempre que ouço seu nome.
                Ah... Eu odeio como você faz eu me sentir especial, como me dá asas pra ir alto, ir além do que eu mesma imagino. Odeio sentir ciúmes de você. Odeio qualquer uma que possa estar contigo, quando eu não puder.
                No fundo, sei que todo esse “eu odeio” não é nada além de um “eu te amo’ sufocado, desesperado, engolido às pressas. E por esse meu medo e pela minha falta de palavras perto de você, eu sinceramente peço desculpas.
                E peço também que não se esqueça que, independente do que gritem minhas palavras, o sentimento não muda: Eu amo você.  

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