janeiro 27, 2011

Frio.

Jamais conseguiria descrever a sensação de estar nos braços dele novamente. Aqueles braços que tanto amava, o calor que sempre lhe fez tão bem.
Não era só o contato físico que a matava de saudades. Morrera sem aquele sorriso, sem o brilho daquele olhar para guiá-la.
E tudo foi frio e cinza enquanto ele estava longe. Mas agora... Agora que podia tocá-lo e abraçá-lo, acabar com o frio e com o medo, descobriu que não eram mais os mesmos, que jamais seriam os mesmos de alguns anos atrás; E o encaixe dos corpos, dos lábios, das almas, jamais seria o mesmo.
Era duro admitir, conformar-se e tentar prosseguir, mas esta havia sido a escolha de ambos (mesmo que inconscientemente) para o futuro: Permanecerem separados e incompletos, mesmo quando sabiam que a felicidade estava à uma frase de distância.
Nunca fora tão prejudicial guardar sentimentos assim. Nunca fora tão duro e triste sem um "eu te amo". E nunca fora tão vazio e frio, nem mesmo quando estavam distantes.
Agora, estavam separados. E assim permaneceriam até alguém quebrar o silêncio e todas as formas erradas de dizer "eu te amo".

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