outubro 25, 2022

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 nunca mais vou encontrar abrigo no seu abraço 

que era meu lugar preferido 

nunca mais vou percorrer as linhas da sua testa com os dedos

daquele jeito que eu amava e que te fazia rir 

nunca mais vamos dividir o chuveiro, a cama, 

um espaço apertado num sofá imenso, 

a vida... 


nós nunca mais vamos ser "nós",

e eu me pergunto: "como pode isso?"

então eu choro 

observando essas feridas abertas 

em carne viva 

com o nosso amor escorrendo 


um rio de vermelho que agora me faz tão triste


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